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9.1.08

É o fim do mundo

A professora pediu, vamos lá, desenvolva, "o que você faria se só lhe restasse um dia"?
O que posso dizer sobre isso que já não tenha sido dito?
Sem dúvida ficaria muito triste; tanto tempo perdido sozinha dentro de casa, trabalhando, enquanto as pessoas que amo estão espalhadas por aí.
Quanto não deixei de ver, de fazer, de viver? Em um dia não poderia recuperar todo o tempo jogado fora prostrada em frente à televisão, trancada com medo da minha própria solidão.
Por outro lado, a vida não é isso mesmo? Todo o ócio e a ação fazem parte da mesma existência.
Tenho certeza de que me arrependeria de todos os medos, das angústias e vergonhas. Já me sinto arrependida, todos os dias, porque todos podem ser o último. Nunca saberemos, pode ser, não pode?
Mas voltemos ao tema, o que eu faria, o que eu faria?
Não sei, não tenho a mais vaga idéia.
Se pudesse congelar momentos perfeitos, para revivê-los então. Aquele beijo, aquela festa, uma viagem; o primeiro "oi" que trocamos; "voar" nos ombros do papai quando criança.
Só que não dá, esses só ficaram na memória.
Poderia marcar um baile do Baleiro e reunir todo mundo que me diverte, com quem me sinto bem, com quem me sinto livre - e deixando de fora todos que me incomodam, pelo menos nesse dia. Por outro lado, ia ficar com pena do Baleiro, o mundo acabando e ele aqui tocando para nós, longe da família. Se bem que para um músico não há satisfação maior que tocar, quem sabe ele não gostaria também?
Seria uma boa, desde que fosse na praia e a gente dançasse até o sol - não - raiar, tudo regado a muito espumante, com frutas e chocolate.
Sem preocupações, só sentindo a vibração da música, das ondas, da alegria compartilhada e do vinho fazendo efeito. Seria uma bela festa.

1 Comentários:

Blogger Roseane disse...

Baile do Baleiro foi uma idéia ótima! Acho q eu tb me aproveitaria da "veia artística" dele numa situação como essa. Beijo!

14/1/08  

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