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2.1.08

Vou para a cruz?

Assim como adoro o mês de julho, dezembro para mim é o pior do ano... muito trabalho, pouca grana, compras de Natal para completar o buraco e o pior de tudo: os eventos natalinos. As famigeradas boas festas.
Este ano nem entrei no clima, mas apesar da família meio incompleta, meio completada com novos estranhos, foi boa a noite de Natal, ainda que longe do marido. Foi agradavelmente suportável.
No dia de Natal encontrei pessoas que não vejo muito e gostaria de poder ver mais. Se Natal é reconfraternização, então o meu foi dentro dos conformes, apesar de tudo.
O Ano Novo foi horrível. Aquela pressão para festejar mesmo fora do clima, mesmo sem vontade, sem os amigos por perto, sem ter feito uma viagem legal, sem ter uma festa legal para ir.
Ficar em casa nessa data só não é pior do que viajar para um lugar ruim com pessoas nada a ver. Já tive últimos dias do ano piores que este, mas sem dúvida já tive melhores.
Só posso concluir que... ainda bem que passou!
O que dói é ver a cada ano piorar, a gente é que vai calejando e agüentando melhor. Todo esse comércio, essa obrigação de sorrir, de curtir, de ter amigos, de ter dinheiro. O Natal gira em torno disso, obrigação de transparecer felicidade, é como se o menino Jesus viesse nos socar felicidade goela abaixo, pela televisão, pelo rádio, pela Internet.
Seja feliz, felicidades, prosperidade, sucesso, saúde.
E se não der pra ter tudo isso no Ano Novo, tudo bem? Vocês me perdoam? Preciso me sentir culpada?
Vou para a cruz se eu não for feliz?

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