Meu diário
Não bastava eu ter que morar aqui, ainda tenho que transferir a habilitação para cá, senão não posso renová-la. É a burocracia a engolir horas, dias, semanas da vida do cidadão. Aqui não tem metrô, não tem guia de ruas, para chegar ao Detran foi uma dificuldade, próximo passo: encontrar o obscuro endereço do médico para um exame sem qualquer outra serventia além de caça-níquel - mais uma vez, o cidadão sendo engolido. Depois me toca encontrar uma agência da Nossa Caixa (alguém já viu? Eu nunca vi esse tal de Nosso Banco na vida. Nossa caixa nosso banco de quem, afinal?) e pagar mais - sim! - uma taxa e finalmente voltar ao Detran no centrão movimentado cheio de múmias joselóides (as pessoas aqui andam com ar de zumbis pelas ruas, bem devagar e sem enxergar a gente), o tradicionalmente feio e sujo centro da cidade, repleto do mais novo orgulho do joselóide: os estressantes parquímetros, sempre prestes a vencer em um minuto!
Depois a gente resolve dirigir com a habilitação vencida e dizem que não pode, que é feio, é pecado. Tou começando a achar que preciso rezar para o meu santo predileto: São Paulo!
Depois a gente resolve dirigir com a habilitação vencida e dizem que não pode, que é feio, é pecado. Tou começando a achar que preciso rezar para o meu santo predileto: São Paulo!
1 Comentários:
Gabiiiiiiii....
Lamento sua peregrinação mas para uma coisa valeu: o texto está muitooooo bom!!!!!! Ri sozinha lendo....
Bjks,
Dani
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