ao

26.6.08

Subemprego: tradutora

Aquele blog dos subempregos da Indigo me lembrava da minha própria trajetória "subprofissional". Sim, porque chegar ao auge de hoje, que é trabalhar de pijamas e pantufas, não foi tão simples como vocês podem imaginar. Mas eu pelo menos conseguia ser rápida-no-gatilho para me livrar dos subempregos que arranjava. Fiquei apenas dois meses trabalhando como atendente de uma certa lanchonete, sendo que 15 dias foram de licença-catapora.
O próximo emprego que arranjei era lá na Saúde, longe, longe, o metrô parava no meio do caminho para abastecer e eu tinha nada mais nada menos que... ligar para o trabalho dos outros oferecendo cartão de crédito! Eu, que não sou capaz de vender nem a minha querida mãe para um órfão, de telemarketing! Juro que o gerundismo passava longe, juro. Será por isso que eu não vendia nada?
Nem preciso dizer que não durei um mês, sendo que uma semana foi enrolando no stand da empresa em alguma feira no Anhembi. E, pasmem, com o dinheiro desses dois comprei uma guitarra!
Depois disso desisti por um bom tempo, até o segundo ano da faculdade, colocando coisas como "não disponível aos sábados" na ficha de locadoras, academias e lojas de shopping - só para meus pais acharem que eu estava mesmo à procura.
E aí no segundo ano arranjei um semi-subemprego, que era revisando textos no colégio Etapa. Época boa... mais pra frente fiz estágio em uma empresa de tradução.
Tudo parecia promissor e eu durava um, dois anos em cada lugar. Impressionante! Até que resolvi fazer as malas, depois de formada, e ir falar inglês em Londres. E em seis meses fiz de tudo, com o recorde de uma manhã lavando louça em um hotel: fiz sanduíches, faxina em teatro, vendi roupa indiana, trabalhei em locadora.
Em suma, tive pra lá de meia dúzia de subempregos nesta vida. Acho que tenho vocação pra coisa, já que escolhi ser tradutora.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial