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15.1.08

Sonho em preto e branco

Mergulhamos, os sons das balas disparadas contra a água nos seguindo. Afundo o máximo que posso e nado para longe, tentando soltar o ar devagar para não ter que vir à tona.
Questão de vida ou morte.
Até que não posso mais e subo, deixo só o nariz de fora para respirar, as balas e os gritos ainda se ouvem de perto. Tomo fôlego e desço de novo, nadando cada vez mais longe e fundo.
Voltando a emergir, encontro-me já bem distante da praia, e sozinha. Nado o longo caminho de volta e me preparo para enfrentar o ar frio fora da água. Decido correr para me manter aquecida. Estou nua, não posso correr assim por aí. Arranco algumas folhas de árvores à beira da praia para enrolar-me.
Corro até sua casa e peço-lhe abrigo. Quem diria?
Há um banho bem quente preparado para mim, mas alguém me visita no quarto. Acabo nem entrando na banheira, que tem uma tampa de vidro, deve estar bem quente - mas na cama está mais quente.
Chamam-me para comer, afinal, estou faminta depois de tanto exercício. Entro na cozinha da casa da minha avó, minha tia e a empregada estão lá e uma bela torta de palmito me aguarda. Aqui as cores voltaram.

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