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31.10.07

Balance

O saldo da última garrafa de vinho que tomei foi que estou quase acreditando em psicoterapia. Sou da opinião de que só quem precisa ir ao psicólogo é quem apresenta alguma patologia, por exemplo, o cara tem depressão, déficit de atenção, TOC ou sei lá que outro tipo de distúrbio.
Sempre achei um exagero com cara de máfia da Psicologia isso de todo mundo ir resolver seus problemas no divã. Afinal, os piscólogos precisam de pacientes, e há tanto psicólogo no mundo, eu diria até que há psicólogos demais no mundo.
No último domingo, porém, tive a chance de bater um papo com uma pessoa que me pareceu transformada (para melhor!) pela terapia. Eu sei que ela faz terapia porque ela mencionou ao sugerir que eu fizesse. O papo foi meio brabo e até chorei, com a língua e as emoções soltas demais pelo vinho.
Tão soltas a ponto de eu comentar na cara dela o quanto a achei mudada. Não quis dizer que não ia com sua cara antes, mas a verdade é que praticamente falei isso mesmo, o que não deixa de ser verdade, pois eu a achava meio sem noção e perua. E agora ela está aqui, aparecendo no meu blog, pois brindou-me com ótimos conselhos e um afeto que eu nunca esperaria, além de uma visão clara e de bom senso que eu tampouco esperaria dela.
Não sei se vou fazer terapia, ainda quero tentar soluções alternativas, e olha que ela não é a primeira a me aconselhar, mas é que ela foi a primeira pessoa que passou pela terapia na qual percebi mudanças tão visíveis e positivas. A máscara caiu ou ela a despiu e o que estava por baixo era muito melhor. Que maravilha! Se fosse o contrário seria triste e os psicólogos estariam condenados de vez por mim!

Também por conta desse papo todo percebi o quanto eu sou preconceituosa. Muitas vezes eu nem conheço alguém e já não vou com a cara e pronto. Sinto-me intolerante e me envergonho disso. Deveria dar mais chance às pessoas novas que aparecem na minha vida, e começar a dar alguma chance às que já estão nela faz tempo e que nunca me animei a conhecer de verdade. Todas devem ter algo de bom a oferecer. E amizade nunca é demais, mas eu acabo me isolando em uma bolha de desconfiança e pré-conceitos. A primeira impressão não deve ser a que fica nunca. Vamos ver se eu aprendo.

Outra descoberta foi a de que as superstições não são de todo dispensáveis. Sim, eu tentei uma simpatia e deu certo! Simplesmente fiz e aconteceu o que eu queria quase em seguida. Interessante... vou passar a crer mais nessa de que "entre o céu e a terra há muito mais do que julga a minha nossa parca filosofia".

PS: alguém me ensina como risca as palavrinhas para eu não ter que ficar pondo entre parênteses? faz bem mais sentido, né.

PS2: Aprendi!! Obrigada, Claudia. ;-)

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Ah... mania feia essa NOSSA de julgar as pessoas antes mesmo de conhecer.
Ontem mesmo estava comentando que às vezes eu me fechava para as pessoas que eu não ia logo de cara... e não devia ser assim!
É tentar mudar sempre! ;)
Uma boa semana pra ti!

5/11/07  
Anonymous Anônimo disse...

Oi, amiga!!!!!!! Saudades, para variar...

Então, eu sou adepta total da terapia. Entre idas e vindas, já são quatorze anos de divã (ou melhor, de poltrona, nunca fiz freudiana). Sou totalmente a favor, acho que, no mínimo, é um bárbaro auto-conhecimento. E, se a gente souber aproveitar, a gente muda sim, para melhor, para nosso bem-estar melhorar.

Já fiz terapia de grupo (sou muito egoísta, preciso de todo o tempo para mim), "junguiana", comportamental, esotérica; com psiquiatra, psicólogo, terapeuta holístico... Vale a pena. Pelo menos uma vez na vida as pessoas deveriam tentar.

Quanto à nossa mania de pré-julgamento... Normal, todo mundo tem... O negócio é tentar dar uma segunda chance ou, quando não conseguir mesmo, simplesmente assumir para si próprio que o problema está com você e desencanar.

Bjinhos!!!!!
Dani

5/11/07  
Blogger Carla Toscano disse...

Oi! vc sabe que sou a mais preconceituosa a primeira vista né... preciso mudar! bjs.

6/11/07  

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