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31.8.08

Home quiet home

Podem rir, mas de volta de uma cidade poluída como Santiago - poluição que não se limita ao ar - é um alívio ouvir... o silêncio.
E como para me dar as boas-vindas, nenhum vizinho ligou um som sequer, nenhum carro ou moto passando, nem mesmo os passarinhos cantaram.
Dormir até meio-dia mergulhada nessa quietude que é uma das poucas vantagens de se morar no meio do mato. É bom voltar pra casa!

17.8.08

Juegos

Os nadadores que me perdoem, mas nada mais broxante que uma axila masculina sem pêlos. Ugh!

11.8.08

Bobagens

Festa de família é sempre uma experiência agridoce. Você ganha presentes atenciosos, sente uma melancolia gostosa da infância, mas ao mesmo tempo tem que escutar tantaaaaaaaa bobagem... ai, meus ouvidos se ressentem só de lembrar.
E as pessoas são elegantes e, eu até diria, têm muita classe, mas só falam... bo-ba-gem. E ao mesmo tempo que são classudas, são grosseiras ao extremo. Assim, de uma hora para outra trocam patadas fenomenais, de corar minhas bochechas (de vergonha alheia).
Sem falar na vergonha de escutar tanta bobagem de dar arrepios. Já diria um sábio filósofo tão celebrado nesses dias de jogos olímpicos em Pequim*, "quem fala menos fala menos merda bobagem"!

*Confúcio

Idéia de jerico

Alguém me explica o orgulho dos chineses por terem inventado... a pólvora?!?!!!!

Detalhe que acabei de ler e corrijam-me se estiver errado: os chineses inventaram os fogos de artifícios para espantar os pássaros das plantações!

7.8.08

E viva o sabonete!

Michael Wax, de 54 anos e 200 kg, jogou pôquer num cassino de Atlantic City durante 17 horas na terça-feira e foi expulso pelo mau cheiro. Segundo afirma, ele não teve tempo de tomar banho e entende por que outros jogadores reclamaram de seu cheiro, mas disse que não merecia ter sido maltratado pelo cassino, que o expulsou do local: o gerente da mesa de pôquer o seguiu até o banheiro para informar que os demais jogadores reclamaram de seu cheiro. Quando o homem tentou voltar à mesa, o gerente pediu que fosse embora. Ele ainda pediu um quarto grátis no hotel para se limpar, mas o cassino recusou.

É isso aí! Tomara que vire moda. As pessoas andam por aí agredindo nossos lindos e arrebitados narizes impunemente! Aliás, deveriam aprovar uma lei que proíba gente fedendo em locais fechados, oras bolas.
Os únicos com direito a feder são os sem-teto, porque não têm onde tomar banho, poxa, mas estão sempre ao ar livre, tudo bem - ninguém é obrigado a chegar perto, né.
Agora, gente fedendo em plena 7 da matina no metrô, ou que vai trabalhar em um escritório hermeticamente fechado sem tomar banho há dias... com bafo de cigarro, ugh... que se isolem de uma vez da sociedade, então!

Lei seca

Sonho de brasileiro classe média é ir para um país vizinho "hermano" encher a cara de viño nacional e voltar de táxi pro hotel.

Tornado em Sanja

E com tanta inatividade, acabei engordando uns quilinhos neste inverno invernal (não é pleonasmo em uma terra onde as estações do ano são invadidas por frentes frias, veranicos, niños y niñas etc. e tal).
E comecei a caminhar quase todo dia aqui no meio do mato, com minha estimada amiga, professora de GH, guia alternativo de Sanja, fã de Santiago do Chile, babá de gato etc. e tal.
Só que o universo parece conspirar contra o fato de eu ter uma barriga-tanquinho que os homens disputariam em duelos mortais.
Terça-feira saímos animadíssimas, eu me arrastando e ela com o olho esquerdo meio fechado de dor de cabeça. Um par muito atlético! E de boné para nos proteger do sol, sim, que animação.
Depois de meia volta o sol desaparece, encoberto por nuvens cinza-chumbo que pareciam o prenúncio do apocalipse... Eu me senti em Wisteria Lane! O boné voando da cabeça, levado pelo vento que trazia todas as folhas secas caídas neste inverno para dentro dos olhos!
E começa a chuva. Ótimo porque, em vez de caminhar, saímos correndo, queimando muito mais calorias. Tem que olhar pelo lado bom, né?