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28.2.08

O Brasil

E assim é Natal: mar exuberante, sol me-so-po-tâ-mi-co que se põe cedo demais, ondas do tamanho certo para aprender.
É índio nadando contra a corrente da vida, europeu pegando onda, brasileira com ares europeus, nordestina paulistana, todos juntos nessa "trip".
É o espetáculo da natureza ao lado do caos humano-urbano que invade a paisagem; é um gato de rua em cada esquina e sagüi pendurado nas árvores a caminho da praia. É a fauna e a flora resistindo aos avanços da especulação imobiliária.
É a neo-invasão européia, a neo-escravização com ou sem carteira assinada, a neomiscigenação, agora com camisinha - e cobrada em euros!
É a História melancolicamente se repetindo.
E assim é todo o Nordeste; assim é todo o Brasil. Florestas de cana de açúcar a perder de vista onde antes havia a mata. Exploração agora se chama globalização.
Mas o Brasil continua lindo.

27.2.08

And the Oscar goes to: the sea!

Primeira vez na vida que assisto ao Oscar até o fim. O pior é que não assisti sequer a um dos filmes concorrentes; mas ao menos serviu para aguçar a curiosidade.
Estava eu em Porto de Galinhas, em uma pousada cheia de mosquitos com uma turbina de avião fazendo as vezes de ventilador que quase fazia o quarto levantar vôo ao ser ligada; eu tinha que acordar às quatro da manhã para pegar a estrada de volta a Natal. O Oscar terminou às 2; daí pode-se ter uma idéia do cansaço. Dormi a viagem de volta inteira.
De volta a Natal, último dia de praia, delicioso jantar de despedida, só fui dormir no avião, que partiu para São Paulo às 3 da manhã e chegou às 6 e meia. Esperando o ônibus de volta pra casa, que saía às 8 e meia, eu mal podia manter os olhos abertos. Dormi debruçada sobre o carrinho de malas, numa cena que lembrava os tempos não tão distantes da crise nos aeroportos.
Só hoje fui colocar o sono em dia; o trabalho atrasou e vai avançar para o fim de semana, com certeza. E aqui estou, matando a saudade do blog enquanto não passa a saudade das ondas, do sol, da areia.

8.2.08

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

2.2.08

Carnaval

Mais um feriado enfiada dentro de casa.
Desta vez sem direito a pré-Carnaval com o bloco da Ana.
E ainda cheia de trabalho e angústia por todas as coisas que precisava arrumar na casa e já sei que não vou.
Bom Carnaval pra quem puder!

No fundo o que me abala é me sentir velha... sozinha. É querer voltar no tempo e no espaço. Qual a fórmula para recuperar o que passou? Não consigo encontrar a chave para viver plenamente. Quem sou eu, afinal?

1.2.08

Reduza suas necessidades e
Viva com simplicidade
Esse é o segredo da felicidade

(de um cartaz no espaço onde pratico ginástica holística)