Margaridas no quintal

... eu ainda não tenho, mas minha mesa esta semana está enfeitada por lindas margaridas que vieram pelo correio enviadas por uma amiga especial.
Obrigada, Grape!

Busy

É chato alguém nos chamar quando estamos ocupados no msn, mas mais chato é quem sempre aparece ocupado! Você não consegue falar com a pessoa nunca, nem quando precisa. Ah, eu deveria telefonar, por acaso? Pra que msn, então?
Sinto-me esnobada.

Grilo nauseante

O gato conseguiu pegar o grilo - pra ele nem é difícil - e lá ficou um tempão brincando com o coitado, que se fingia de morto; joga pra lá, joga pra cá, pega com a boca e leva pra um canto e pra outro.
De vez em quando o pobre do inseto dava sinal de vida, só para tomar um tapão em seguida. E brinca que brinca até que o gato se cansa e "decide": esse já era, vou mandar pra dentro.
E foi: engoliu o grilo naquele jeito peculiar dos carnívoros predadores: sem nem mastigar direito, sabe como? Eu podia ver o bicho saltitando esôfago abaixo, pra cima e pra baixo na parede intestinal felina. Deve ter sido agradável.
Não deu outra: segundos depois ele vomitou o grilo, a ração e tudo o mais.
Nojinho... salve o papel-toalha!

Nojento

Depois de ler isto, vou ficar mais esperta e usar a água mineral também para cozinhar: http://www.vejosaojose.com.br/aguaecancerigena.htm.

Evolução

Dando uma olhada nos primeiros posts deste diário, percebo a evolução no meu dia-a-dia aqui em Sanja; antes eu só saía de casa para almoçar e ir ao supermercado - tem coisa mais triste?
Agora já conheço alguns cantinhos bacanetes da cidade, vou à aula no parque toda quarta, almoço em restaurantes diferentes; hoje foi a vez de conhecer o Com-sciência, restaurante vegetariano antigo da cidade. Eu já conhecia o do Centro, mas soube que também tem um no São Dimas, mais perto de mim!
E o melhor, mais charmosinho e com um empório de produtos naturais anexo. Comprei mel de eucalipto, chazinho de maçã e um pote de Doçurinha, um adoçante de produção local - para minha mãe, que está em plena dieta pré-diabetes.
Agora vou comer sempre lá! É um pouco mais longe do que os que eu freqüento, mas mais barato e a comida é uma delícia. Eles fazem uma carninha de glúten muito gostosa, bem melhor que as de soja - que parece que estou comendo esponja. E tinha berinjela à parmegiana, suflê de mandioquinha, estrogonofe de palmito, bolinho de espinafre. Tudo que eu adoro!
Valeu a dica da minha professora-amiga-guia-sabe-tudo-de-Sanja!
A segunda melhor dica do dia veio lá de SP: o Zeca Baleiro vem tocar aqui em junho. Mal posso esperar!

Pais e filhos

Aqui em Sanja não tem muita gente jovem - não que eu conheça, pelo menos. Aquele tipo de lugar povoado por gente mais velha e seus filhos malas adolescentes e crianças. Assim, acabo me relacionando com pessoas mais velhas que têm filhos - nada a ver comigo, mas fazer o quê? Também nunca fui de discriminar ninguém nas minhas amizades - não que eu considere essas pessoas amigas, prefiro chamá-las de eventuais conhecidas. E de vez em quando sou obrigada a acompanhar os papos edificantes sobre os filhos malas - oops! - dessa galerinha.
Percebo que a vida dos coitados gira em torno da escola, mais tarde cursinho e o temido vestibular, logo depois, faculdade. Sinto a pressão só de escutar a conversa; imagino o peso para eles, então. Que sofrem com a obrigação de serem bem-sucedidos em tudo, de se tornarem pessoas competitivas ao extremo (não há alternativa aqui), de terem um desempenho escolar digno dos pais cientistas com cargos magníficos e salários estratosféricos. Bem, nem todos têm salários estratosféricos, mas todos querem que os filhos um dia tenham, claro.
Os pais já ficam em cima se o filho resolve ter um hobby, gosta de jogar videogame, aprecia música, quer ter uma banda, curte muita balada, pratica um esporte - ah, não, isso pode, porque seus filhos têm que ser lindos, saudáveis e magrinhos, é claro.
Observo que, em proporções que variam de acordo com a babaquice da mãe (e do pai), a pressão do sucesso a qualquer custo nessa meritocracia em que vivemos pende sobre a cabeça dessa molecada classe média de hoje como a lâmina afiada de uma guilhotina, como se suas cabeças fossem rolar se não almejarem o mesmíssimo estilo de vida classe média dos papais: apartamento bacana, carro de luxo, viagens todo ano, muito consumo, tudo proporcionado pelas 45 horas semanais que os esperam após o término da saga escolar. Eles nem sabem o que os espera - muito pior do que nem ter tempo de ir à manicure porque tem 25 matérias no primeiro ano de faculdade (onde já se viu uma teen reclamar que não pode fazer a unha porque tem que estudar? Ou eu era um ET quando adolescente ou essa garota é uma peruona).
Pior mesmo é que a maioria dessas universitárias interioranas ocupam a vaga de alguém que realmente pretende e precisa trabalhar a vida toda para depois de tudo casarem e pararem de trabalhar para cuidar da cria e exercer sua pressão sobre os novos infelizes que colocou no mundo.

Pausa para os comerciais

Alguém me explica por que raios esses publicitários acham que mostrar baratas nojentas e mosquitos barulhentos na minha TV vai me fazer comprar mais inseticida?
Ah, tá, se eu não vir baratas asquerosas sempre que resolver assistir TV, assim, para relaxar após um dia estafante, não vou ficar com nojo suficiente para manter uma lata de inseticida em casa, para o caso de um inseto resolver visitar.
Claro, preciso ficar constantemente irada com o som de pernilongos na orelha para ter ganas de espirrar um SBP - terrível só contra os insetos (não fossem as propagandas) - quando aparecer um mosquito no meio da noite para me encher o saco. Do contrário, não, não vou nem me importar de o bicho chupar o meu sangue até eu amanhecer anêmica.
Para que matar seus clientes potenciais de nojo, meus amigos? Isso se aprende na universidade? Tem uma matéria específica só de estudos de caso que comprovam que, sem nojo, as vendas caem?
Foi-se o tempo dos simpáticos insetos cantantes do D-D-Drin, que não davam vontade de correr para desligar a TV.
E por falar em nojo, o que são aqueles anúncios gringos mal e porcamente dublados do Listerine, mostrando línguas cheias de bichinho e limo verde? Eu quando vejo saio correndo para bochechar com meu Listerine extra-forte, tamanho o pavor de meus dentes todos caírem com tantos microorganismos trabalhando dentro da minha boca. Ai, que medo! Muito eficaz, principalmente porque sempre colocam em destaque que o sabor do produto é tão intenso que você só falta sair chorando do banheiro de tanto ardor. Ui, não vejo a hora de fazer um bochecho, vou ali no banheiro e já volto.
E outro dia passou um comercial de xampu anticaspa novo que não deu para acreditar... aquele close na risca do cabelo caspento de uma famosa atriz global. Claro que as caspas eram geradas por computação gráfica! Até parece que aquela poderosa tem caspa, duvido. Que efeito, ein? Haja mau gosto.
Agora, um último comentário: qual a empresa responsável pelo levantamento de mercado indicando que os espectadores do canal Sony são fedidos e precisam com urgência usar perfume? É uma propaganda atrás da outra, é Channel, é Dolce & Gabana, e por aí vai... todas com modelos top lânguidas descabelando invejáveis madeixas e rodando em meio a tecidos acetinados. Ah, sim, dá vontade de correr tomar um banho de perfume, meu desodorante vence só de olhar. Preciso de um frasco novo de perfume de 200 dólares para ajudar a sustentar a indústria da alta costura: preciso agora!

E daí?

E tudo gira em torno das opiniões.
E um afirma que não gosta disso, o outro rebate que prefere aquilo.
É adoro pra cá, odeio pra lá. Quer papo mais inútil, banal, sem graça, superficial, desinteressante, fútil e, acima de tudo... chato?
Afinal, quem se importa?
E vale registrar como é impressionante a semelhança entre certas pessoas e meus parentes. De-mais! De-chorar!

Baque virado

Como não quero ninguém me acusando de bairrista ou coisa pior, não vou nem mencionar do que era o sotaque do prófi de percussão que me irritou os ouvidos.
Apesar disso, parece que as oficinas serão bem interessantes e divertidas.
E no próximo feriado poderei conferir um show dele, na Virada Cultural aqui de Sanja
A programação está no site da Fundação:
http://www.fccr.org.br/destaques/virada_cultural_paulista_acontece_dias_17_e_18.htm

Forças ocultas

Saindo da galeria onde eu almoço de vez em quando, sou interrompida pelo tiozinho do estacionamento: Moça, espere!
Pensei: lá vem, esqueci de carimbar o papel no restaurante.
Mas ele prossegue: Que nosso senhor Jesus Cristo e o sangue de Jesus lhe protejam dos inimigos ocultos.
Apenas sorrio e respondo: Obrigada, igualmente. E sigo em frente, protegida dos motoqueiros-chutadores-de-espelho-retrovisor e das tiazinhas-que-são-atropeladas. Aliás, nem farol vermelho me pegou na volta pra casa!

Me-da!

Boa noite!

Alguns últimos lembretes após uma noite um pouco mais longa que o previsto (que frio! mas cadê o sono?):
Estou rica! Rica! Só este mês... aaaaaah...
A aula de percussão começa amanhã! Será que vai ser boa?
Estou fazendo uma bolsa fofa com cara de sorvete napolitano! :p
Depois quem sabe ponho uma foto dela aqui? Se ficar bonita.

Boa noite!

Índigo

Há tempos acompanho os blogs da escritora infanto-juvenil Índigo, especialista em criar séries hilárias em seus periódicos on-line, como a das 73 Obssessões, que infelizmente não está mais no ar, e a de seus 73 sub-empregos, que incluiu até "ghost-writer de livro psicografado" para se ter uma idéia.
Sua criatividade e seu humor são fantásticos!
O atual blog é o Diário da Odalisca, em que ela conta seu dia-a-dia de escritora, ninja e dona de uma gata chamada Valentina - o nome da gata da minha mãe! E a última das séries, baseada em fotos de gatinhos, está imperdível e muito divertida - para donos de gatos ou não.
Vale conferir a última moda outono-inverno, os "cat hats": http://diariodaodalisca.zip.net/

Resumo da ópera

Saldo do feriado: dores lancinantes nas costas de tanto me encolher de frio; dor insistente nas pernas por ter dirigido trocentas horas ao todo; leve dor no maxilar de tanto sorriso forçado; a dor de sempre no pescoço; e a pele em carne viva - tipo coronel Inocêncio pelado vivo e pendurado no jequitibá, da novela Renascer - devido à temperatura mortalmente alta do meu banho de imersão ontem. Sim, eu tenho jacuzzi, mas meu cabelo ainda "insiste em acordar despenteado", thank you very much.

Misantropia

Pessoas inconvenientes. Que não dão simplesmente um fora, mas sim fazem comentários deliberadamente desagradáveis. Que chegam sem avisar em horários impróprios. Que telefonam muito cedo ou muito tarde. Que fazem convites malas. Que não são pontuais. Que pedem caronas totalmente fora do caminho. Que pedem favores esdrúxulos quando estamos ocupados. Que reclamam da sua comida. Que só reparam nos defeitos - e comentam. Que chamam mesmo quando estamos ocupados no MSN. Que falam demais. Que falam alto. Que têm sempre razão. Que não tomam banhos diários. Que fumam. Pessoas insistentes demais. Pessoas teimosas. Que pagam pau. Que babam ovo. Que puxam saco. Pessoas deslumbradas. Complexadas. Racistas. Que se gabam. Pessoas melindrosas. Delirantes. Esquizofrênicas. Paranóicas. Histéricas. Sádicas. Sovinas. Burras. Chatas. Convencidas. Incoerentes. Eternamente felizes. Imbecis.
Nossa, isso dava uma canção estilo Arnaldo Antunes. O pulso ainda pulsa... E vá todo mundo à p-q-p!

Incidente em Sanja

Chego e o pobre do gato está todo enrolado na alça de uma sacolinha chiquérrima da Sephora que estava sobre a escada. Coitado! Estava parecendo um palhacinho com uma golona. Deve ter passado maus bocados tentando removê-la, pois estava toda rasgada, mas a alça de tecido não rasga e a sacola insistiu em permanecer em torno do pescoço e passando por baixo do sovaco dele.
Ainda bem que não se sufocou, só espero que esse stress não tenha sido por muito tempo - quem sabe ele só se enrolou meia horinha antes de eu chegar? Vã esperança...

Confirmadíssimo

Inverno total mesmo. Hoje quase congelo na avenida Paulista, depois da saga para chegar ontem a SP a tempo do aniversário de vovô - que foi bem agradável, por sinal. Haja costas para dirigir tanto. E pensar que sábado tenho que ir até o ABC. Que neta excelente e amiga mara(vilhosa) eu sou, não?
Bem, hoje fomos passear na Paulista e ali nos separamos: marido pra casa do amigo, eu pra livraria Cultura esperar a amiga - aliás, "migona maraaaa", pois sair de baixo do edredon para ir me ver lá na Paulista foi praticamente um ato heróico - ou um suplício?
E a Cultura está linda! Sofreu uma reforma, deve fazer um tempão mas estou mesmo desatualizada.
Queria comprar, não, queria engolir todos os livros! Mas não comprei nada... É impressão minha ou andam fazendo biocombustível com celulose? Porque os livros aumentaram tanto? Lembro de custarem de 30 a 40 reais, agora estão de 40 a 60 no mínimo. E viva a cultura neste país!
SP cada vez mais cheia; também recordo a cidade vazia em feriados, antigamente, hoje não. Tudo cheio e muitos carros nas ruas. A livraria lotada! Os cafés e restaurantes movimentados!
Depois de tomar um café na Ofner e mais tarde um chazinho de laranja com torta de pera e amêndoas no Reserva Cultural, volto pra Sanja trazendo na mala a mais fofa das garrafas de leite, toda enfeitadinha com minhas prediletas bovinas. A-do-rei!
E trago também uma vontade íntima de consumir um iPod, um iPhone e, melhor dos melhores: um Nintendo Wii. Quem sabe um dia?