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30.6.08

Em tempo

Após um show de Zeca Baleiro, nada melhor que picolé de morango embebido em cachaça.
O show já foi, mas o caipilé você pode provar aqui em Sanja: http://choppdobarao.com.br/

27.6.08

Irada

Com essa TPM (e o Níti com conjuntivite de novo), melhor eu ficar quietinha.

26.6.08

Subemprego: tradutora

Aquele blog dos subempregos da Indigo me lembrava da minha própria trajetória "subprofissional". Sim, porque chegar ao auge de hoje, que é trabalhar de pijamas e pantufas, não foi tão simples como vocês podem imaginar. Mas eu pelo menos conseguia ser rápida-no-gatilho para me livrar dos subempregos que arranjava. Fiquei apenas dois meses trabalhando como atendente de uma certa lanchonete, sendo que 15 dias foram de licença-catapora.
O próximo emprego que arranjei era lá na Saúde, longe, longe, o metrô parava no meio do caminho para abastecer e eu tinha nada mais nada menos que... ligar para o trabalho dos outros oferecendo cartão de crédito! Eu, que não sou capaz de vender nem a minha querida mãe para um órfão, de telemarketing! Juro que o gerundismo passava longe, juro. Será por isso que eu não vendia nada?
Nem preciso dizer que não durei um mês, sendo que uma semana foi enrolando no stand da empresa em alguma feira no Anhembi. E, pasmem, com o dinheiro desses dois comprei uma guitarra!
Depois disso desisti por um bom tempo, até o segundo ano da faculdade, colocando coisas como "não disponível aos sábados" na ficha de locadoras, academias e lojas de shopping - só para meus pais acharem que eu estava mesmo à procura.
E aí no segundo ano arranjei um semi-subemprego, que era revisando textos no colégio Etapa. Época boa... mais pra frente fiz estágio em uma empresa de tradução.
Tudo parecia promissor e eu durava um, dois anos em cada lugar. Impressionante! Até que resolvi fazer as malas, depois de formada, e ir falar inglês em Londres. E em seis meses fiz de tudo, com o recorde de uma manhã lavando louça em um hotel: fiz sanduíches, faxina em teatro, vendi roupa indiana, trabalhei em locadora.
Em suma, tive pra lá de meia dúzia de subempregos nesta vida. Acho que tenho vocação pra coisa, já que escolhi ser tradutora.

Antes que seja tarde

Olha, não sou daqui, me diga onde estou
Não há tempo não há nada que me faça ser quem sou
Mas sem parar
Pra pensar
Sigo estradas, sigo pistas pra me achar

Nunca sei o que se passa
Com as manias do lugar
Porque sempre parto antes que comece a gostar
De ser igual, qualquer um
Me sentir mais uma peça no final
Cometendo um erro bobo, decimal

Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração

Pelas minhas trilhas você perde a direção
Não há placa nem pessoas informando aonde vão
Penso outra vez estou sem meus amigos
E retomo a porta aberta dos perigos

Pato Fu

25.6.08

Folga

Dois dias sem trabalho e um estrago no orçamento: comprei agulhas e linhas, comprei chocolate, comprei um colchão!
Tomei váários chopes, dormi até meio-dia, comprei mais chocolate, e vou fazer massagem e acupuntura mais tarde para fechar com chave de ouro o relax.
Eu mereço!

21.6.08

Vapor barato

Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu não acredito mais em você
Com minhas calças vermelhas
Meu casaco de general
Cheio de anéis
Eu vou descendo por todas as ruas
Eu vou tomar aquele velho navio
Eu não preciso de muito dinheiro
Graças a Deus
E não me importa, honey

Minha honey baby
Baby, honey baby
Oh, minha honey baby
Baby, honey baby

Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu tô indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Mas eu quero esquecê-la, eu preciso
Oh, minha grande
Ah, minha pequena
Oh, minha grande obsessão

Minha honey baby
Baby, honey baby...

15.6.08

Interior

Podem chamar de má vontade, mas eu busco, busco e acabo chegando à temível conclusão de que não, não há mesmo vida inteligente no interior.
Quando alguém decide mudar para o interior, em geral é porque deseja se afastar das pessoas, que se aglomeram nas grandes cidades. Querem "sossego". E, com razão, não há lugar melhor para se isolar dos humanos, porque fica difícil conviver com os exemplares da espécie que habitam as cidadezinhas. E assim vivemos cada qual no sossego da própria solidão.
Porque ninguém consegue conviver com eles, nem eles mesmos, acho.
Algumas pessoas em SP não conseguem expressar por que não voltam para sua cidade natal, mesmo sentindo falta da família ou cansadas do trânsito, da violência, da poluição. Eu entendo perfeitamente: são inteligentes demais para voltar às origens.
E uma observação que merece ser citada: os homens do interior são uma piada: totalmente machistas. Não ficam amigos de nós, mulheres, salvo as que conseguem se masculinizar bem, tanto que devem ser vistas por eles como homens também. Talvez isso se deva ao fato de que só conheço engenheiros por aqui, vai ver é coisa da profissão, mas acho que não, pois agora me lembro de outros tipos que agem igualzinho. Os jantares ou festinhas têm aquela divisão de antigamente, o clube do Bolinha e o clube da Luluzinha. É a coisa mais ridícula e insuportável deste mundo, não dá, não dá! Ah! E eles cumprimentam a gente com aperto de mão, e não com beijo, como se fôssemos... homens! Como tive uma educação muito rígida, cumprimento na minha, mas a vontade é de falar: Cê é BIcha, moleque?

9.6.08

Estado de mente!

Ontem traduzi a descrição de um produto a ser lançado em breve. Tinha lá uma data e eu escrevi pro cliente: olha, tá esquisita essa data no passado, sendo que o texto fala toda hora "em breve", "está chegando", "novidade". Não era melhor omitir essa data, não?
No dia seguinte, a resposta: julho de 2008 ainda não passou, a data é futura!
Vejam o estado mental da pessoa.
Também, depois de travar as costas e chorar de tanta dor na sexta, ter que fazer uma tradução no domingão à base de antiinflamatório... é pedir demais de uma pobre tradutora.

6.6.08

Greve

Sim, em Sanja também tem greve de ônibus! Greve de ônibus? Ué, tem ônibus aqui?
É, tem ônibus, sim, mas quem tem carro não usa. O transporte coletivo da cidade é deficiente e caro. De carro, sem trânsito, você não leva mais de 15 minutos para chegar a lugar algum da cidade, já de ônibus... geralmente é preciso tomar dois, porque não tem ônibus para todos os lugares. Por exemplo, não passa nenhum para eu ir até a rodoviária daqui de casa. E o táxi é uma fortuna, o preço da passagem até SP! Só que aqui não tem bilhete único, nem passagem a preço proporcional pela distância rodada, nada desse tipo. A Graça, que trabalha aqui em casa, gasta quase dez reais para vir, porque precisa fazer baldeação. Para uma cidade desse tamanho, totalmente abusivo o valor de 2,10 a passagem, não?
E não é à toa que o trânsito anda cada vez pior, quando anda. Todo mundo recorre aos carros, e você vê cada lata velha andando por aí.
Os bairros todos se verticalizando, a cidade inflando de maneira insana... eu me pergunto quanto pagaram para a prefeitura liberar a construção de tantos prédios. Daqui a pouco ninguém mais consegue se locomover, nem de carro nem de ônibus. Onde eu vim amarrar meu Cliozinho jegue?
E com tudo isso, quase surtei com o trânsito pra voltar do parque na quarta, ontem não teve aula de percussão pois o professor vai de ônibus (eu ia faltar mesmo) e hoje eu não vou almoçar de novo para evitar o congestionamento, embora a greve tenha se encerrado hoje de manhã, todo mundo deve ter saído de carro. Ah!, e a Graça faltou por falta de transporte.
Valeu, motoristas, viações malditas e prefeito otário!

4.6.08

Sushi

Ainda no São Dimas, ontem depois de mais uma frustrante aula da oficina de percussão convenci o marido a ir conhecer o Iriê, um japonês aqui de Sanja.
Gostei porque tem bem aquela cara de restaurante da Liberdade, antigo e simples - nem aceita cartões, tivemos que pagar com cheque. Ficamos na sala com mesas, mas notei uma sala anexa com tatames.
A comida é gostosa, eu já havia provado uma vez que levaram em casa. Pedi um sashimi que vem com três peixes diferentes e acompanhado de missoshiro, tofu, uma panelinha e tanto de arroz, pepino e mais um treco ralado que parece uma raiz, mas não sei o nome - sei que estava bom! Existe a mesma porção também com salmão assado, mas minha fome era menor. Também pedimos uma porção deliciosa de gyoza, bem crocantes.
E eu estava de blusa branca e não me babei!