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30.7.08

Deathmatch

Nada acontece... seria um marasmo pós-30?
Ao mesmo tempo que me entedio, sinto uma inércia imensa que toma conta de tudo e faz até doer quando preciso sair dessa zona de comodidade. É a velha dúvida entre aventura e conforto, que tão bem explicou Alexandre Soares no seu blog hilário (aí ao lado, o ASS). Me identifiquei plenamente com o dilema descrito no texto; acho lindo saber de alguém percorrendo a Europa com a mochila nas costas ou vagando pela selva Amazônica conhecendo a fundo comunidades ancestrais. Pessoas que passam a vida de festa em festa, de bar em bar, de praia em praia. Sinto um misto de admiração e... preguiça. Olho para o meu sofá fofinho, meu edredon macio, minha TV de 4527000000 polegadas e decido virar para o lado e tirar um cochilo. Em mim, a preguiça sempre vence a vontade.

16.7.08

Manhê!

Ah, como é gostoso freqüentar lojas de materiais de construção. Adoro fazer umas comprinhas por lá, se pudesse iria todo dia; uma lixa aqui, uma tinta acolá... quer coisa mais instigante?
Se precisar de alguma coisa, é só pedir que eu vou; se me fizer ir duas vezes passear por uma dessas lojas fabulosas no mesmo dia, ficarei radiante. Acredite!

A verdade é que não, odeio obras, reformas, bricolagem, decoração. Por mim tudo nasceria prontinho. Menos as traduções, claro! Agora, o que simplesmente me encanta é uma casa pronta, já pintada, decorada e limpa, com todos os seus objetos nos devidos lugares. Até me dá inveja, juro!

Roupas compradas, lavadas e passadas, ordenadas no meu guarda-roupa; é disso que eu gosto! E comida, então? Nada de self-service muito menos buffet... coisa de pobre, que infelizmente é o que eu sou, mas por mim já estaria tudo sempre pronto e, de preferência, servido por um garçom; nada de me servir menos ainda cozinhar. Muito mais chique e higiênico!

Até minhas unhas alguém poderia fazer enquanto eu durmo, isso seria legal. Pena que não dá para comerem, dormirem, andarem por mim. E também seria constrangedor alguém me dar banho e escovar meus dentes, eu me sentiria um pouco, assim, medieval. E meus textos não tem como eu passar para ninguém traduzir. Já ganho tão mal!

Acho que estou é com vontade de voltar para o útero materno, porque casa de mãe ainda é pouco!

15.7.08

No supermercado

Achei muito engraçado outro dia vendo o filme "Persepolis" quando a personagem sai de Teerã para morar em Viena e comenta que, chegando lá, ia todos os dias ao supermercado, encantada com a variedade de produtos nas prateleiras. Ela diz algo do tipo: acho que eu estava precisando fazer amigos.
Quando vim pra Sanja foi exatamente assim: eu ia toda hora ao mercado! Não tinha nada pra fazer, em uma casa quase sem mobília, estava recomeçando a trabalhar em casa, por isso não tinha muito trabalho e, sem conhecer nada nem ninguém, acabava no Carrefour. Deprimente, mas pelo menos vi que não sou a única a fazer isso!
E pelo menos também não tenho ido mais ao mercado a todo momento, embora ainda não tenha feito muitos amigos por aqui...