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31.3.07

I am so alone

Baby I am so alone, vamos pra babylon
Viver a pão-de-ló e möet chandon
Vamos pra babylon
Gozar sem se preocupar com o amanhã
Vamos pra babylon, baby baby babylon

Comprar o que houver au revoir ralé
Finesse s'il vous plait mon dieu je t'aime glamour
Manhattan by night, passear de iate nos mares do pacífico sul

Baby I am alive like a rolling stone, vamos pra babylon
Vida é um souvenir made in hong kong, vamos pra Babylon
Vem ser feliz ao lado desse bon vivant
Vamos pra Babylon, baby baby babylon

De tudo provar champanhe caviar
Scotch escargot rayban bye bye miserê
Kaya now to me o céu seja aqui, minha religião é o prazer

Não tenho dinheiro pra pagar a minha ioga
Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga
Eu não tenho renda pra descolar a merenda
Cansei de ser duro vou botar minh'alma à venda

Eu não tenho grana pra sair com o meu broto
Eu não compro roupa por isso que eu ando roto
Nada vem de graça nem o pão nem a cachaça
Quero ser o caçador, ando cansado de ser caça

Babylon, Zeca Baleiro

30.3.07

O cliente tem sempre razão!

Quem tem seguro com a Porto Seguro e já precisou ligar pra lá sabe: o atendimento da empresa deveria servir de exemplo para o de todas as outras. A Porto deveria abrir a CRM University, com direito a certificações, como a Microsoft, Oracle e outras na área de TI, sabe?
É um show de gentileza e competência, pelo menos ao que indica minha experiência até hoje. Você liga, aciona o serviço, é atendido com rapidez e precisão e depois não precisa se preocupar com mais nada, a empresa cuida do resto, que é para isso que ela está lá.
Satisfação do cliente é saber que o dinheiro pago foi bem aplicado, que o serviço será entregue na hora certa e do jeito certo.
Eu critico, mas também gosto de elogiar e se a Porto quiser eu viro garota-propaganda dela.
As prestadoras de telefonia fixa e móvel e de banda larga e os planos de saúde deste país não só poderiam, como deveriam aprender com a Porto, respeitando os direitos do consumidor, que, afinal, tem ou não tem sempre razão?

26.3.07

Tuas idéias não correspondem aos atos

Um dos maiores desafios é ser coerente. Apontar as falhas alheias é fácil, reconhecer as próprias é ir um passo além, mas agir de acordo com o que se sabe, se pensa e se diz pode ser o fim de um longo e pedregoso caminho.
Se a coerência virtuosa é o caminho para a civilização, nós podemos ser considerados bárbaros de leste a oeste, de norte a sul.

23.3.07

Conselho

Curta a vida agora: aspire fundo todo o ar possível, relaxe, ria com gosto, arrisque-se, chore, coma bem, tome sol, chuva, dance, nade, caminhe, durma, conviva, abrace.
A vida é curta mesmo.
E pode ser ainda mais do que nossa vã sabedoria é capaz de conceber.

"¿No ves que el tiempo se nos va?"

21.3.07

Ansiedade

Coisas inacabadas para mim são uma tortura. Morar em uma casa inacabada tem sido fonte de angústia diária desde que me mudei.
Não quero generalizar, mas como a mão-de-obra que envolve assuntos dométicos costuma ser de baixa qualidade. Meu guarda-roupa foi instalado com um defeito estúpido. Acho que não vai dar pra corrigir, terei que conviver com ele. Já está lá, tudo montado, pregado e encaixado.
A casa novinha já precisa de reforma, vários problemas como rachaduras na pintura surgiram logo nas primeiras chuvas: um desgosto.
Outra coisa que me tortura é lidar com prestadores de serviços. Ontem os marceneiros equivocados, hoje o jardineiro adubando lá fora e a faxineira limpando por aí.
Me identifiquei com um texto da Danuza Leão: dizia ela que o objetivo por trás de se ficar rico é poder se livrar das preocupações, portanto, só ficando muito rico e contratando uma governanta. Que sonho, uma governanta, um motorista, um agente de viagem. Que tal?
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Agora, imagine-se comprando uma roupa linda para aquela festa. Sem gastar muito, você consegue achar um modelo perfeito para a ocasião, nada de mais, mas suficiente. Dias depois a amiga que ajudou a escolher o modelito aparece com outro bem parecido, mesmo estilo e modelo, até a mesma cor, só que da loja mais cara e cobiçada por você, com um sapato Manolo Blahnik e uma bolsa Prada para combinar. Você é fashion mas a grana é dela, fazer o quê? Frustrante? Esquisito? É...

20.3.07

Por falar em sonho de consumo, estou com minha mesa de trabalho nova finalmente. Minhas costas agradecem.
E estão instalando o guarda-roupa hoje! Pro fim da semana acho que consigo guardar minhas coisinhas. Muito bom, muito bom.
Está tudo de pernas pro ar, menos eu, que estou cheia de trabalho presa a esse computador. Ontem cheguei a rezar pro deus Google antes de dormir!
Gavetas chegando, vou ficando. É difícil aceitar dançar conforme a música da vida, mas lutar contra isso por vezes torna-se impossível ou, no mínimo, completamente insatisfatório.

11.3.07

Levante a mão

A gente cresce e começa a lembrar de coisas que os pais diziam, ai, não é que de vez em quando tinham razão, alguém me mate!
Minha mãe já dizia que todo homem é egoísta. Mas acho que mulher também, né? Afinal, eu aprovo mas também tenho coisas a declarar!
Meu pai se indagava: de quantos sapatos precisa uma criatura de dois pés?, etc. etc.
Eu sei que a mulher encanta com sua infinidade de laços de fita, calma, meninas, não fiquem bravas comigo. Mas, na minha opinião, (desnecessário dizer isso sendo este um texto para o meu blog) tem gente que exagera.
Imagem não é nada, se liga, amiga! A bem da verdade, imagem é imagem, ponto final. Pra ser uma lady é preciso muito mais que apenas e tão-somente classe e bom gosto na hora de se vestir.
Existem atitudes que vão além do egoísmo, acho que ainda não inventaram uma palavra pra classificar algumas pessoas, pois egoísta é pouco. Ando muito decepcionada com tanta gente, até quem deveria ser o último a fazer eu me sentir assim. Aquilo de cortar do caderninho de telefones não era brincadeira, pena mesmo que uns e outros não dá pra cortar. Mudar pra bem longe seria o mais adequado, mas também é meio difícil.

"Levante a mão aquela que tanto criticou a mãe e acabou parecida com ela!"

8.3.07

Vizinhos

A vida toda eu tive vizinhos japoneses. Minha infância passei ao lado da costureira d. Helena e sua família, sua filha era minha melhor amiga, que dormia com os pais na mesma cama, no quarto ao lado do meu, e só tirava nota A.
O marido, seu Paulo, era alfaiate e se levantava antes do sol para passar os ternos. Ele fez o favor de deixar umas revistas pornô desavisadas no banheiro enquanto éramos ainda bem novinhas, novinhas demais pra ver aquelas fotos nojentas! Aliás, a casa toda era meio nojentinha, suja, quero dizer. Minha mãe lutava contra as pulgas que vinham de lá, houve uma epidemia lá em casa! Também, eu vivia com o gatinho da família, o saudoso Chaninho, devia se chamar Pulguinho. Foi uma vida de troca de pulgas e bolos, tortas entre as duas casas, hmmm. E também de crianças pulando o muro ou passando pela caixa d'água de um lado pro outro.
Hoje a casa ao lado está fechada, pedindo uma boa reforma, a Renata, minha amiga, é veterinária e de vez quando a gente se encontra pelo bairro.
Eu mudei de casa e no apartamento ao lado encontrei outra vizinha japinha, a d. Olga, de cabelos cacheados vira-e-mexe presos com bobes, à la d. Florinda. Babá de todas as crianças do prédio, inclusive as maiorzinhas, como eu, que vivia pedindo todo tipo de favor, mãozinha, ajuda pra ela. Um poço de simpatia e prestatividade a d. Olga, inesquecível.
Agora tem um casal de japas mal-humorado aqui ao lado. Não falam nem oi, nem parecem vizinhos japas! Têm uma filhinha que me desperta pela manhã aos berros, não sabe falar baixo, e logo alguém abre a porta do quintal que range do começo ao fim, estou quase dando um óleo Singer de presente. E é range-range o dia inteiro e a máquina de lavar roupa fazendo um ruído enlouquecedor a manhã toda enquanto trabalho, uma coisa meio infernal pros meus ouvidinhos sensíveis (quem me conhece sabe!).
Saudade da d. Olga, da Renata, da d. Helena!
Meus últimos sonhos de consumo são: TV a cabo e identificador de chamadas.
Tá, eu venho resistindo à TV a cabo há muito tempo, mas quando fico aqui o dia inteiro sem nada pra fazer me bate uma vontade.
Eu sou completamente viciada em TV e temo ficar presa como a garotinha daquele filme de terror, lembram? Por isso não assino, mas que eu queria, queria.
Já o identificador, acho dinheiro demais pra dar pra Telefónica, mas vou acabar assinando. Podem rir.

6.3.07

A semana

O sábado teve festa estranha com gente esquisita e ainda um belo de um porre.
O teatro na segundona não vingou. Em compensação, quinta-feira vou assistir ao Fantasma da Ópera na faixa, com direito a coqueteta no final.
A entrega correu quase dentro dos conformes com duas pequenas reclamações, espero que não passe disso. E a seca continua. Parece que a coisa não engrena nunca. Como esse povo freelance vive, paga aluguel, come, bebe, compra, viaja? Eu não entendo. A média mensal pelo visto vai ser a mesma de 7 anos atrás e já era uma miséria então! Enquanto isso, o tédio me corrói. Fazia tempo que eu não sentia tédio! Achei que isso não seria mais possível na minha idade, que fosse coisa de adolescente, mas Sanja city é um tédio. E agora estou aqui sem saber como preencher meus dias, sem trabalho, sem dinheiro e longe de todo mundo. Tem dias em que a vida parece uma festa estranha com gente esquisita.

1.3.07

Pequenas exclamações

Descobrir o dia certo da coleta seletiva no bairro!
Ganhar um programa que faz busca em arquivos ttx!
Planejar me acabar no rodízio mexicano de quinta no melhor barzinho mexicano ever!
Entregar um trabalhinho!
Ser véspera de sexta!
Ganhar ingresso pro teatro na segunda!