ao

18.12.07

Turista em São Paulo

É engraçado prestar atenção em quem não é da cidade, a primeira coisa que a maioria comenta é que morre de medo de assalto (como os próprios paulistanos, mas quando falam do Rio) e quase todos adoram a 25 de Março e José Paulino, lugares que os nativos só visitam mesmo quando não tem outro jeito, mas onde dificilmente dirão que adoram passear.
Já os interioranos costumam falar assim: "Eu adoro a 25!", com aquela entonação empolgada.
Quem é de fora parece que só visita a cidade para compras e deixa passar o leque mais amplo e colorido que cauda de pavão de opções culturais de São Paulo. Fora o que tem de lugar para sair à noite, mas os interioranos insistem no circuito 25-Mercadão-Shopping.
A cidade está precisando divulgar melhor seus cantos e encantos.
Outra coisa que observo, mesmo em alguns interioranos que residem na capital, é o preconceito com o centro da cidade. Acham que é perigoso, que é coisa de maloqueiro, que é "um perigo". Barzinho no Bexiga nem pensar, alguns não freqüentam nem a região ali da Paulista, pois para eles já é centro (e meio que é mesmo, mas é uma das regiões mais legais da cidade - pura falta de informação).
Por fim, os amigos do interior têm horror à Zona Leste, conhecida por abrigar bairros pobres de São Paulo, com um ou outro de classe média. Na ZL, como é carinhosamente apelidada por seus habitantes, está realmente uma boa parte da periferia da cidade, mas há periferia em todos os extremos dos quatro pontos cardeais. Só quem não conhece bem a cidade jura que só na ZL é que tem favela, pobre e corintiano, digamos assim. Pois bem, esclareço aqui o fato de que na ZL tem periferia e tem bairro rico, como em todas as zonas de São Paulo. Favela ao lado de condomínio bacana não é exclusividade do Morumbi. Quem conhece, sabe.

14.12.07

Iés

Fui depositada!
Chega de juros!... por enquanto...

11.12.07

Carta aos pais

Agradeço por saber comer bem, portar-me bem, por ser honesta, saber onde estou neste mundo e enxergar o que há ao meu redor, por tentar ser solidária, não ser mesquinha nem perdulária.
Agradeço por não ser consumista, por saber o que é não ter grana, mas também saber o que é ter grana, por não fazer parte, por me sentir deslocada tantas vezes.
Agradeço por escolher os amigos que escolho, por minha cultura, porque gostava de ler os clássicos no colegial, por amar a cultura do meu país, porque tive uma madrinha preta.
Agradeço porque minha vida sempre esteve em aberto, por poder mudar de idéia, poder correr riscos, por amar, mas não me humilhar, por não abrir mão da minha identidade. Sim, agradeço pelo meu orgulho.
Agradeço por meu bom gosto, por meu estilo, por minhas raízes. Agradeço por às vezes não pertencer, mesmo que ainda tente, afinal ninguém é perfeito.
Agradeço por saber que estarão ao meu lado sempre que eu precisar.

4.12.07

Para o meu sossego

Um belo dia, estou eu à toa na vida lendo blogs, quando entro no blog da amiga da minha amiga, lá de longe, na Alemanha, e deparo com um belo texto em que ela imagina ter perdido um dos sentidos. E ela comenta que o texto foi um exercício de uma oficina de escrita, chamada Terapia da Palavra. Na hora me interessou!
Visito o site e troco mensagens com uma das coordenadoras.
Fico enrolando a semana inteira, sem coragem... mas no fim pago a taxa no bankline e logo começa.
Aulas toda segunda, com a semana toda para pensar. Textos para ler, textos para escrever. Vou pensando na vida, em mim, na minha casa, no meu passado. Até nos meus sonhos!
Exercito minha imaginação enferrujada, crio personagens, um esboço de história. Muito autobiográfica pro meu gosto, não... decido que é melhor descrever uma cidade, vou pela minha boa e velha SP.
E assim foi, passou tão rápido. Já acabou!
O jeito é aproveitar a experiência para continuar inventando, escrevendo. Muito bom!
Recomendo a todos os blogueiros amigos.
Ah, e se quiserem conferir o resultado, cliquem em Desassossego aí do lado, os meus textos estão no link com meu nome: Gabriela.

Níti

Conheçam o novo integrante da família!