Ordem velha

A nova ordem é nunca comprar na loja New Order, espalhada por vários shoppings da capital (e, infelizmente, interior).
Comprei um presente lá que veio com defeito e a loja não quis trocar em São Paulo! Disse que só em Sanja, por ser de uma coleção passada. Será que isso está previsto no Código do Consumidor?
E que história é essa de coleção passada? Eles vão jogar no lixo o que passou, por acaso? Isso seria, no mínimo, falta de solidariedade, sem mencionar o impacto ambiental. Está na cara que a vendedora veio com essa porque me vendeu uma sandália antiga com defeito, uma sobra que ela manteve exposta em destaque em seu estabelecimento.
A sandália não fecha no pé de ninguém, porque a alça é curta demais. Eu achei que fosse dever do comerciante e direito do consumidor a troca de uma mercadoria com defeito.
Mas pelo menos uma certeza eu tenho, que é a do meu direito de nunca mais comprar nada em uma loja que atendeu tão mal a mim e uma pessoa a quem presenteei.
Natal é só vexame mesmo. Agora é sobreviver também ao Ano Novo e voltar à vida normal. Saco!

Da família

De tudo que já pensei, falei ou escrevi sobre o tema, nada traduziu tão bem o que eu acho como este texto no blog do escritor Santiago Nazarian.
É ótimo ter artista para nos traduzir para nós mesmos, não?
Já que às vezes falta talento da blogueira para tal, fazer o quê.
Adorei!
E pelo visto ele também gosta de ervilhas tortas, olha que fofo isso!

Dos amigos

É bom estar com os amigos que escolhemos vida afora... para falar o que pensamos, para ser ouvidos, para rir, ou chorar, à vontade.
Estar à vontade com alguém, para mim, é o que prova a verdadeira amizade e isso não tem preço. Todos os dias deveriam ser passados ao lado de pessoas assim.

Da anorexia

Por que mulheres magras sempre falam para mim que eu, sim, sou magrinha, eu, sim, posso comer à vontade pois sou magrelinha?
Porque elas me enxergam da mesma forma que eu as vejo, e se vêem assim como eu me vejo. E às vezes até me irritam pois não aceitam por nada nem ninguém que eu fale que não, que engordei ultimamente, que estou precisando perder uns quilinhos.
Mulheres, bah!

I live by the river

Quando comentei sobre o rio Paraíba noutro dia, devo ter dado a impressão de que o "olor a pedo", como diria Penélope Cruz, e as PETs boiando, eram exclusividade do saudoso Rio Tietê, mas eu estava falando mesmo do meu rio (não tão) particular (assim).
Sim, porque há dias em que o cheiro de esgoto exala bem forte aqui para os "nouveau-riches" de Sanja, e eu já vi (tá certo que foi só uma vez nesses quase dois anos) duas PETs passando ao lado dos patinhos.
Em época de chuvas, como agora, é uma maravilha, mas no inverno esses dias bons são mais raros.
Segundo eu li, o pobre Paraíba do Sul é castigado por 1 bilhão de litros de esgoto diários. E isso é só a poluição do esgoto doméstico! Em Sanja, até outubro agora, apenas 50% do esgoto é tratado. No paraíso eGológico de Campos do Jordão, apenas 45%. Há cidades do Vale do Paraíba que tratam 0% de seu esgoto.
Parece que os investimentos da Sabesp são insuficientes, e eu me pergunto se não seria mais proveitoso a Sabesp gastar menos em campanhas de apelo para a população economizar água e mais em cumprir seu papel na despoluição dos rios, para garantir ao menos a existência de água limpa para as próximas gerações?
Pelo que consta, seriam necessários 5 bilhões para despoluir o rio Paraíba, reconstituir a mata em suas margens e conter a erosão. As notícias são boas, no entanto, pois já há projetos a caminho para melhorar um pouco a situação na tentativa de salvar o rio.
Agora babem, babies, na minha vista do banquinho:

Sabedoria de d. Ivone

"Se o caminho é meu, deixa eu caminhar, deixa eu
Se o caminho for de pedras, sou eu quem vou tropeçar
Se o caminho for de agruras, sou eu quem vou me amargurar
Se o caminho for de espinhos, sou eu quem vou me espetar
Mas se o caminho for de rosas, eu quem vou me perfumar."

Deixa eeeu!

O legal

Entre outras coisas, o legal de Sanja é chegar em 10 minutos em qualquer boteco da cidade para tomar uma cerveja. E nem ligar para a lei seca, por ser tudo tão pertinho.
É parar no sinal com o vidro aberto sem neuras de ser assaltada - não que aqui seja um exemplo de cidade sem violência, mas é bem melhor.
É ir a um churrasco com amigos sem ter que pegar não sei quantos km de estrada, e ainda fechar o domingo com o show da dona Ivone Lara, trazida, claro, pela Fundação Cassiano Ricardo.
Assim, sem pressa, sem trânsito, sem stress nenhum a não ser esperar o show do Peleco, chato-celebridade local que vive abrindo shows na cidade.

...

Não tão legal assim é pegar trânsito no meio da tarde indo pralgum lugar, com o sol a pino. É não ter outro cinema além do maldito cinemark. É esperar horas em um consultório lotado para ser atendido por médicos ou dentista, padrão na cidade.
É ver os amigos indo morar em outros países e ficar aqui sem eles.

É, segunda-feira chegou...